A dor de cabeça e a dor na coluna vertebral são duas das queixas mais frequentes na população de um modo geral. Costuma-se dizer que qualquer pessoa vai sentir em algum momento de sua vida, pelo menos um desses dois sintomas.
Na maior parte das vezes, as dores são fugazes, de curta duração e desaparecem espontaneamente, sem necessidade de tratamento ou investigação. A preocupação surge quando as características mudam, e nesse momento você pode precisar de uma orientação médica.
Nos próximos tópicos, você vai encontrar algumas informações que vão auxiliar na sua tomada de decisão.
A intensidade, frequência e presença de outros sintomas podem indicar a maior ou menor gravidade da dor de cabeça, assim como sua provável causa.
Assim, dores de menor intensidade, que aparecem ao longo do dia e melhoram com uso de analgésicos comuns, podem ser resultado da tensão muscular. Dores que não cedem com medicamentos, aumentam progressivamente de intensidade e são acompanhadas de sintomas como alteração visual ou náuseas, merecem ser investigadas por um neurologista.
O histórico, com crises periódicas de dor de cabeça, que duram entre 3 a 5 dias, acometendo apenas um lado da cabeça, acompanhado de náuseas e irritação com a luz e sons, pode sugerir a existência de enxaqueca, doença que não apresenta alterações nos exames subsidiários.
A realização de exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) pode confirmar ou descartar doenças como tumores e mal-formações vasculares. No caso de doenças cérebro-vasculares, é necessário um exame angiográfico (tomográfico, por ressonância ou digital) para estudar melhor a lesão vascular. Nestes casos, a consulta com o neurocirurgião é mandatória, para oferecer o melhor e mais rápido tratamento para a lesão diagnosticada.
A dor na coluna lombar ou lombalgia, é mais frequente do que na coluna cervical ou cervicalgia, que por sua vez, é mais comum do que a dor na coluna torácica ou dorsalgia. Na maioria das vezes, a dor tem origem muscular, causada pelo esforço repetitivo ou durante algum movimento inesperado. Nestes casos, a interrupção temporária do esforço e repouso costumam melhorar o quadro doloroso, sem necessidade de medicamentos.
Quando a dor começa se repetir, ao se levantar, ao sentar ou ao caminhar, acompanhada de piora gradual da intensidade, necessitando de uso quase diário de medicação analgésica, é importante consultar o neurocirurgião, para investigar a causa da dor e discutir as diferentes formas de tratamento.
Mesmo quando é diagnosticada uma hérnia de disco, o tratamento conservador ainda prevalece como primeira opção, resolvendo o problema em mais da metade dos casos. A cirurgia, portanto, é uma exceção e está reservada para os casos em que não há melhora com o tratamento clínico ou quando já existe um comprometimento neurológico (perda de força muscular, por exemplo) desde o início.